Ao contrário do que muitas pessoas acreditam, as macrófitas – espécies de plantas aquáticas que aparecem principalmente em reservatórios de usinas hidrelétricas – desempenham papel importante no ecossistema desse ambiente. Um estudo realizado pelo biólogo Eduardo Ribeiro dos Santos, pesquisador da Unitins – Fundação Universidade do Tocantins, e pela estudante de graduação Deborah Pereira Borges busca compreender a dinâmica dessas espécies em rios não alterados pelo ser humano.

O estudo é realizado no ribeirão São João, um dos afluentes do rio Tocantins, onde são coletadas amostras de todas as espécies encontradas. Com isso, os pesquisadores pretendem analisar a composição florística, a estrutura e a dinâmica da comunidade de macrófitas aquáticas nas diferentes estações do ano (chuva e seca) e avaliar a riqueza e a abundância das espécies.

Segundo Santos, a presença das macrófitas aquáticas gera sítios de alimentação, abrigos, locais de ovoposição para diferentes animais. “Além disso, sabe-se da grande importância delas na participação de ciclagem de nutrientes através de cadeias alimentares, tornando essas plantas peças fundamentais para a integridade dos ecossistemas aquáticos”, acrescentou o biólogo.

No entanto, Santos alerta para as macrófitas aquáticas que proliferam de forma desorganizada nos reservatórios e rios. “Nessas condições elas podem provocar vários problemas, como acúmulo de lixo e outros sedimentos, proliferação de vetores de doenças, dificuldades na navegação e prejuízos ao turismo, pesca e na geração de energia nas usinas hidrelétricas”.

A pesquisa iniciou em agosto de 2009 e pretende apresentar os resultados finais até o final desse primeiro semestre. O projeto integra o Pibic – Programa de Iniciação Científica da Unitins e será apresentado na Jornada de Iniciação Científica, que acontece no final do ano.

Fonte: Assessoria de Comunicação / Unitins - Fundação Universidade do Tocantins