Uma atualização de status que ninguém quer ver: Três adolescentes colombianos foram mortos após os seus nomes apareceram, juntamente com 97 outros, em uma lista postada no Facebook, de acordo com vários relatórios internacionais.

Ainda mais assustador, a polícia não sabe quem é o responsável pelas mortes e à própria lista, ou a razão para a escolha dos nomes que aparecem nela, apesar de algumas das vítimas supostamente terem ligações com membros de gangues da droga.

Alguns jornais da Colômbia noticiam o fato como sendo de autoria dos “Los Rastrojos” ("O Restolho"), que tem sido descrito como "uma das mais poderosas organizações de drogas neo-paramilitares do país", e tem um histórico de ameaças de morte.

Alguns relatórios sugerem que a lista poderia ser o trabalho de grupos paramilitares rivais - talvez até mais famoso da Colômbia, as FARC - que operam na região de Puerto Asis, uma pequena cidade próxima à fronteira sul com o Equador. “Nos últimos 10 anos, a cidade tem sido “nível zero” para o trabalho militar apoiado pelos EUA sobre as áreas de plantio de coca na Colômbia”.

As duas primeiras mortes ocorreram em 15 de agosto. "Naquele dia, os funcionários dizem que um estudante de 16 anos e um vendedor de CD de 17 anos de idade foram mortos a tiros enquanto dirigiam uma motocicleta na estrada entre Puerto Asis e Puerto Caicedo, ", relata a CNN.

Então, a primeira parte da lista foi publicada em 17 de agosto, contendo 69 nomes de jovens locais, incluindo os mortos, e um aviso: Saiam da cidade em um prazo de três dias ou sofrerão o mesmo destino das vítimas. A nota já foi bloqueada pelo Facebook.

Inicialmente, a polícia pensou que era uma brincadeira, como muitas outras ameaças de morte no Facebook em todo o mundo. Mas quando uma outra lista com o nome de 31 mulheres apareceu nos dias seguintes, o defensor público Volmar Pérez convocou um conselho de segurança especial para resolver a situação.

No entanto, no primeiro dia de reunião do conselho, 20 de agosto, assaltantes não identificados mataram um jovem de 19 anos e feriram sua namorada de 16 anos de idade.

Apavorados, os pais já começaram a enviar algumas das crianças com nome nas listas para fora da cidade por segurança, as autoridades continuam a luta em suas tentativas de localizar os autores de ambas as listas e os assassinatos. O Facebook, por sua vez, tem ainda de responder aos pedidos de comentários da mídia. (com informações do AOL News)