Da Redação
Leonardo Maximiano
Para o ministro da Educação, fernando Haddad, o vestibular precisa ser seriamente repensado. Sua estrutura é defasada e dispendiosa ao aluno.
O Brasil é o único país de sua dimensão que ainda tem processos seletivos de estudantes à educação superior nos moldes de vestibular. Pelo modelo, alunos são obrigados a pagar taxas elevadas de inscrição, deslocar-se pelo país para fazer provas, caso queiram ingressar em instituições fora da cidade onde moram, e usar nota para apenas uma universidade. O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), em sua nova configuração, foi elaborado para acabar com o modelo defasado do vestibular.
Isso foi o que explicou o ministro da Educação, Fernando Haddad, aos parlamentares presentes à comissão de educação no Senado Federal, nesta terça-feira, 16. “A expansão e a melhoria da qualidade do ensino superior não valeriam de nada se não mudássemos a forma de ingresso”, destacou Haddad. “Se não vencermos o desafio de superar o modo brasileiro de seleção às universidades, não vamos prosperar no atendimento à juventude.”
Na visão do ministro, é preciso insistir no modelo do Enem, mesmo com todos os entraves a serem superados. Segundo ele, uma das possibilidades é a aplicação de duas provas por ano, o que diminui o número de inscritos em cada exame e dilui os riscos de falhas.
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