No meio de tantas evoluções pelas quais a Internet vem passando nos últimos anos, a já obsoleta e ultrapassada HTML (Hiper Text Markup Language) parecia ser mero detalhe no coquetel tecnológico que envolve a disputa por espaço nos servidores da web. Pois bem, parecia.

A W3C, órgão que regulamenta as tecnologias que são aplicadas à Internet, impulsionada por gigantes do mercado de TI como a Apple, tem trabalhado de maneira incessante na padronização da nova HTML em sua quinta versão, a já famosa HTML 5. Ainda que esteja em estado experimental, a HTML 5 já conta com a adesão de diversos navegadores como Firefox, Opera e Safari.

A nova versão da linguagem de marcação trata-se de uma resposta à demanda imposta pelo mercado há muito tempo. Tal fato se deve especialmente devido a HTML ter passado pelo período de uma década sem grandes modificações e inércia frente ás necessidades crescentes que surgiram na web, como por exemplo, inserções multimídia (áudio e vídeo) nas páginas, sem a necessidade de outros recursos, como a utilização do Adobe Flash.

Uma pergunta que poderia pairar em nossas cabeças consiste em: será que a nova versão da HTML vai pegar? Pois bem, uma única colocação põe fim a esta dúvida e o nome responde por “Google”. Essa outra gigante da tecnologia tem trabalhado de maneira determinante para que a HTML 5 se fortaleça, passe a ser o novo padrão da web. Logo, como todos sabem e segundo o dito popular: “a Google não desperdiça munição”. Sua dedicação é tamanha que em meados deste ano lançou o site “html5rocks” para o compartilhamento de projetos entre desenvolvedores, bem como dicas e informações sobre a nova tecnologia.

Diante das mudanças ofertadas pelo novo padrão, uma infinidade de aplicações das mais diversas categorias já vêm sendo desenvolvidas, indo desde a simples remodelagem de páginas do antigo HTML4 até aplicações mais robustas, tidas como um novo conceito de produtos denominados Web App, como o “Muro” (http://muro.deviantart.com), editor gráfico da DeviantArt desenvolvido em HTML 5.

O que se percebe é que a HTML 5 apresenta um potencial fortíssimo para o desenvolvimento de jogos interativos em webpages, ainda com a utilização das linguagens scripts, que continuam sendo elementos importantes na apresentação e desenvolvimento, apesar de todas as limitações que os profissionais da área já conhecem. Nesse sentido, a Google neste ano, por exemplo, já começou a introduzir em sua sempre bem humorada e criativa logomarca em sua página principal do buscador, games desenvolvidos utilizando a HTML 5, como o que comemorava o aniversário de 30 anos do PACMAN.

Claro que podem ser destacadas outras alterações, como uma melhor organização do conteúdo ou mesmo novos elementos que podem auxiliar na gerência dos formulários. E assim, apesar da resistência de empresas como Microsoft e Adobe, qual o resumo da ópera? Preparem-se para mais um ingrediente no coquetel tecnológico que a web vivencia.

Artigo produzido por Alex Coelho. Dúvidas sobre o assunto podem ser tiradas pelo e-mail [email protected]. Gostou do assunto? Deixe seus comentários ou dúvidas e leia os próximos textos de Alex Coelho aqui no Vitrine.

Alex Coelho
Coordenador do Curso de Sistemas de Informação da Faculdade Católica do Tocantins.
Professor da Fundação Universidade do Tocantins - Unitins
Mestre em Modelagem Computacional e Especialista em Administração de S.I.