O curso de Medicina da Universidade Federal do Tocantins recebeu nota quatro na avaliação do Ministério da Educação (MEC). A nota é a segunda mais alta possível - um feito, especialmente para um curso criado em 2007.
A coordenadora do curso, Núbia Maia, explica que a Universidade recebeu a nota máxima (cinco) em 80% dos critérios fundamentais propostos pelo órgão, o que teve peso importante na média final. “Na avaliação, existem 36 tópicos em que precisamos, obrigatoriamente, obter pelo menos nota três para continuar atuando. O fato de termos obtido nota máxima em grande parte desses itens exprime a qualidade do curso, e é resultado do comprometimento de seus professores e estudantes”. Segundo ela, durante sua visita à Instituição, os examinadores do MEC destacaram positivamente os laboratórios e a qualificação do corpo docente.

Núbia ressaltou ainda a qualidade da biblioteca do curso – que tem uma das melhores relações de número de obra por aluno no país. “Temos praticamente um livro de Anatomia para cada estudante, por exemplo – uma média excelente. Nossa meta é continuar este trabalho, e fazer da Biblioteca de Medicina da UFT a melhor do Brasil”.

O diretor adjunto da Anvisa e coordenador do Núcleo de Estudos em Saúde da UFT, Neilton Araújo, lembrou que a proposta pedagógica do curso – que privilegia a atuação dos alunos no sistema público de saúde – também foi elogiada pelos avaliadores do MEC. “É importante ressaltar que o aproveitamento da rede pública não é uma conveniência para a UFT, é uma opção. Só assim é possível formar profissonas que entendam o quadro da saúde no Estado, e se comprometam com o seu desenvolvimento”.

Para a coordenadora do curso, a avaliação positiva do MEC confere à Instituição a responsabilidade de manter a qualidade. “Nossa missão agora é manter sempre essa nota, e batalhar para que, na próxima avaliação, ela seja um cinco – a nota máxima”, ressalta.

Segundo o reitor Alan Barbiero, a boa avaliação do MEC é uma conquista para o curso e para a Universidade – principalmente levando-se em conta que, no seu começo, os questionamentos sobre a infra-estrutura, recursos e corpo docente foram muitos. “A criação de um curso de Medicina é uma demanda que a UFT recebeu de diversos setores da sociedade desde sua criação. Tivemos o cuidado de somente aceitar esse desafio quando a Instituição estava madura o suficiente, e mesmo assim, as cobranças foram muitas.”

Para ele, a nota quatro do curso é a prova de que esses desafios foram vencidos. “Hoje, é com grande alegria que vemos que o curso tem boas salas de aula, laboratórios, um corpo docente altamente qualificado – e que tudo isso é referendado pelo Ministério da Educação. A criação da Medicina colaborou para o crescimento de todo o campus, e com certeza vai contribuir para a saúde de todo o Estado.”

A nota da avaliação foi anunciada no mesmo dia em que a UFT firmou convênios com o Governo do Estado e a Prefeitura de Palmas para atuação na área da saúde pública, e que implicam em uma grande melhora na infra-estrutura e no atendimento no setor.

O primeiro, com a Secretaria da Saúde do Tocantins, estabelece a criação de um programa de estágio – que, além de oferecer aos estudantes o contato com a prática da medicina pública, possibilita que a população tenha acesso a atendimento de qualidade, supervisionado de perto pelos professores da Instituição. O convênio prevê ainda a adequação do Hospital Geral de Palmas como hospital escola. Embora o projeto do HGP já previsse o seu uso nesse sentido, estruturas como biblioteca, área de convivência, dormitório e salas de aula para os estudantes se faziam necessárias, e serão construídas pela UFT.

Já o termo de compromisso com a administração municipal trata da construção de um ambulatório médico na capital, com capacidade para 1500 atendimentos por semana, por parte de professores e alunos do curso de Medicina da UFT. À Prefeitura, caberá a construção do prédio e a manutenção dos atendimentos; já a UFT entra com os serviços dos médicos de seu corpo docente e dos estudantes que vão atuar sob sua supervisão.

Fonte: Coordenadoria de Comunicação da Universidade Federal do Tocantins