Saúde

Suicídio assistido será transmitido pela BBC

A estação pública BBC vai transmitir o suicídio assistido de um hoteleiro britânico e multimilionário, que pediu à clínica suiça Dignitas para colocar um ponto final à sua vida.

Segundo avançou o The Daily Telegrah, o hoteleiro chama-se Peter Smedley, tem 71 anos, sofria de um transtorno neuro-motor e pôs um fim à sua vida em Dezembro último. O documentário será transmitido na segunda-feira no canal BBC2, com o título "Eleger a forma de morrer".

Antes de morrer, o multimilionário escreveu cartas a amigos e familiares expressando o quanto eles significavam para si.Os mesmos familiares e amigos afirmaram não ter conhecimento do desejo de Smedley em cometer suicídio assistido, nem tão pouco do envolvimento de uma equipeda BBC durante a sua morte.

"Não sabíamos que ele tinha apelado à Dignitas, nem tão pouco sabíamos sobre este documentário. Ele era um homem que apreciava a privacidade e não gostava de partilhar as suas coisas com o mundo inteiro, mas queria que se mudasse a legislação quanto ao suicídio assistido", afirmou um dos amigos de Smedley ao jornal britânico. (com informações da DN)


Sobre a Dignitas
Ludwig A. Minelli, um advogado suiço, fundou em 1998 a “Clinica Dignitas”, que presta o “serviço de facilitar e assistir o suicídio de pacientes ditos terminais e que desejam tirar a própria vida.

Esta “Clinica” fica em Zurique, na Suiça e, dispõe da legislação local á seu favor, oque atrai pacientes de todo o mundo aonde tal prática é proibida.

Mais de 1000 pessoas já exerceram o que os intelectualóides chamam de “Último Direito do Homem” na “Clínica” Dignitas.

Os interessados no funesto processo devem passar por avaliações médicas e reunir diversas testemunhas que atestam e assinam o interesse do paciente.

Se paciente não pode assinar, é feito um pequeno vídeo aonde ele e testemunhas confirmam sua identidade e seu desejo.

Alguns minutos antes de receber o coquetel que vai tirar sua vida, o paciente é consultado novamente e é oferecido mais tempo para pensar no assunto. Se houver determinação em prosseguir, o processo desenrola-se.

No ritual, o paciente ingere um anti-emético (Medicamento para evitar vômitos) e em seguida uma dose de Nembutal dissolvido em suco de frutas.
Surge sonolência, que evolui para o coma e em cerca de 30 minutos ocorre a morte por parada respiratória.

Alguns exemplos de legislação sobre suicídio assistido e eutanásia na Europa

Suíça

O suicídio assistido é legal, a eutanásia é ilegal. As clínicas Dignitas recebem doentes de todo o mundo que procuram ajuda para terminar a vida, o que fazem depois de serem vistos por médicos e advogados. Centenas de doentes cometeram suicídio nestas clínicas.

Luxemburgo

Há direito a “morrer com dignidade”, o que pode ser requerido para que um doente com “sofrimento insuportável” possa pedir ajuda para morrer.

Holanda

Permite a eutanásia voluntária e suicídio assistido para doentes terminais desde 2002. A prática tem regras apertadas e os médicos recusam dois terços de pedidos de eutanásia.

Bélgica

Permite eutanásia desde 2002 desde que a decisão seja tomada conscientemente por um doente sujeito a “constante e insuportável dor física ou psicológica” em resultado de um acidente ou doença incurável.

Portugal

Não há qualquer legislação sobre eutanásia ou suicídio assistido. Discute-se para já apenas a ideia do testamento vital, um documento em que o doente deixa instruções sobre os tratamentos que aceita ou recusa receber no fim da vida, caso esteja incapacitada


 

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