Ensino Técnico

A procura por cursos profissionalizantes é cada vez maior no Tocantins

A procura por cursos profissionalizantes é cada vez maior no Tocantins. Em 2007, o Estado registrou, segundo dados do último Censo Escolar, aumento de mais de 78% em relação aos anos anteriores. Essa busca por cursos técnicos acontece em todo o país, com maior índice nas regiões Norte e Nordeste.
Estudos comprovam que grande parte da evasão escolar de jovens do ensino médio ocorre por falta de perspectivas. Já com um curso técnico, o aluno sai capacitado para entrar no mercado de trabalho. Os últimos dados disponíveis, de 2005, demonstram que 10% dos estudantes do ensino médio abandonaram as salas de aula. Além disso, a taxa de repetência para o mesmo período é de 22,6% entre estudantes do ensino médio.
Um exemplo desse crescimento aconteceu este ano, na ETF - Escola Técnica Federal, de Palmas. A instituição registrou 711 matrículas no ensino médio integrado. Já nos cursos técnicos, totalizaram 888 matrículas nos turnos da manhã e noite.
No momento, duas escolas técnicas federais estão em funcionamento no Estado, as unidades de Palmas e Paraíso, e há previsão de que mais quatro sejam habilitadas ainda este ano, nos municípios de Araguaína, Porto Nacional e Gurupi.
Para a secretária da Educação e Cultura do Tocantins, Maria Auxiliadora Seabra Rezende, profª Dorinha, o crescimento da educação profissional no Estado é fruto da política de incentivo do governo federal e do aumento das oportunidades de trabalho. “As oportunidades profissionais aumentaram. São usinas, plataformas multimodais e a Ferrovia Norte-Sul. Existe a preocupação de que o jovem se prepare para esse mercado”, conta.

O principal objetivo de um curso técnico é preparar o aluno para o mercado de trabalho. As escolas oferecem aulas teóricas e práticas, e alguns cursos exigem estágio. Atualmente, há três possibilidades de cursos técnicos: integrado, concomitante e subsequente ao ensino médio. O integrado permite que o aluno frequente os ensinos médio e técnico ao mesmo tempo, na mesma grade curricular e na mesma escola. No concomitante, os alunos cursam o ensino médio em um turno e o técnico, em outro. Os cursos podem ser feitos em instituições diferentes. Pela forma subsequente, o aluno já for­mado no ensino médio inicia o curso profissionalizante.

De acordo com o Censo Escolar 2004, do Inep - Instituto de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, órgão ligado ao Ministério da Educação, apenas 7,5% do total de alunos do ensino médio no país fazem curso técnico, em razão da falta de vagas. Por ser uma formação que coloca o aluno direta­mente na profissão, o ensino técnico tem uma vantagem: fazer com que o jovem descubra logo se gosta ou não da área. Essa vivência acaba trazendo uma maior probabilidade de acerto na escolha uni­versitária ou até mesmo em outra formação técnica. Além disso, a grade curricular do curso faz com que o estudante crie disciplina e responsabilidade mais cedo do que os colegas que fazem somente o ensino médio.

Atualmente, existem três maneiras de cursar uma formação técnica. A integrada: onde o aluno cursa o ensino médio e o técnico ao mesmo tempo, na mesma escola. A grade curricular é uma só. A concomitante: onde o estudante cursa o ensino médio em um turno e a formação técnica em outro. As aulas podem acontecer na mesma instituição ou em locais diferentes. E a subsequente: onde o aluno primeiro termina o ensino médio e depois passa a cursar o ensino técnico profissionalizante.

As regiões Norte e Nordeste receberam 28 das 75 novas escolas, mas esse número deve chegar a 44 até março, quando outras 16 entrarão em funcionamento. “Queremos oferecer mais oportunidades aos jovens e adultos dessas regiões, que historicamente apresentam maior déficit educacional”, ressalta o secretário de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação, Eliezer Pacheco.

Fonte: Inep

 

TWITTER
MAIS LIDAS
RECOMENDADAS