Em audiência pública realizada nesta segunda, 20, no Plenarinho da Assembléia Legislativa, discutiu-se a tão falada Reforma Política. O encontro foi promovido pelo deputado estadual Zé Roberto (PT-TO), atendendo solicitação da dirigente da Casa 8 de Março, Bernadete Aparecida. E contou com a participação da deputada estadual Amália Santana (PT-TO).
A discussão ocorreu durante toda a tarde e dentre os participantes estavam o deputado federal e um dos relatores do projeto Reforma Política na Câmara, Rubens Otoni (PT-GO), do assessor político do Instituto Nacional de Estudos Socioeconômicos, Lucídio Bicalho, e da presidente da Casa 8 de Março, Bernadete Aparecida Ferreira, que compõem a Plataforma dos Movimentos Sociais pela Reforma Política.
Em seus discursos os palestrantes falaram sobre a importância da participação feminina na política, para Bernadete Aparecida o machismo e o preconceito ainda imperam e que “é preciso aproximar o poder das mulheres com essa reforma Política”. Rubens Otoni reforçou a relevância das discussões sobre o tema junto à comunidade, “estamos percorrendo o país para debater o tema, falando e ouvindo a população”.
Para o deputado federal Rubens Otoni é importante que a população não veja a reforma como a solução de todos os problemas do país. “Ela (a Reforma) não pode ser vista como um remédio para os males do país, pois mesmo com a reformulação novos problemas irão surgir, mas a Reforma Política é sim de suma importância para o aperfeiçoamento do sistema e o fortalecimento da democracia”, disse o deputado federal.
Durante o evento Amália Santana reforçou que é preciso ampliar a participação das mulheres e das minorias na política, “a influência do poder econômico ainda é um grande empecilho para que essas classes possam chegar a integrar a política brasileira”, disse a deputada.
Amália ainda questionou Otoni sobre como ele acredita que a Reforma Política possa mudar essa realidade. Em resposta, Rubens Otoni disse que “o começo para diminuirmos o poder econômico é a proposta do financiamento público”.
A proposta inicial do financiamento público estabelece que a União inclua no orçamento recursos necessários para a elaboração de campanhas, proibindo o uso de verba privada. Mas o deputado alerta que essa medida só funcionará se a opção for pela modelo de lista fechada, onde o partido será fortalecido e coordenará todo o processo.
Também acompanharam a audiência, os deputados Marcelo Lélis (PV-TO) e Josi Nunes (PMDB-TO), o presidente do Diretório Estadual do PT, Donizete Nogueira e seu vice-presidente, Herlan Torres, além de integrantes da sociedade organizada.
Fonte: Kézia Reis