A representação dos reitores das universidades federais, que integra o Comitê de Governança do novo Enem, aprovou, por unanimidade, nesta quarta-feira, 13, a matriz de habilidades, que é o guia que orienta os especialistas como abordar os conteúdos na elaboração dos testes do exame neste ano. A matriz, explica o ministro da Educação, Fernando Haddad, respeita os conteúdos estudados pelos alunos no ensino médio.
Ministro Fernando Haddad e o presidente da Andifes, Amaro Lins, na apresentação da matriz de habilidades do Enem (Wandereley Pessoa)Segundo Haddad, a mudança que vem com o novo Enem não é para esvaziar o ensino médio, mas para abordar os conteúdos privilegiando a capacidade de raciocínio do aluno e não a decoreba. E dá um exemplo: se o estudante compreende um fenômeno da natureza, mesmo que tenha esquecido a fórmula, ele dará a resposta certa por outros meios. No novo modelo, diz, não serão cobradas datas, mesmo de episódios importantes.
A matriz de habilidades será apresentada nesta quinta-feira, 14, ao Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), entidade que passa a integrar o Comitê de Governança. A matriz também estará disponível para consulta no portal do MEC.
O ingresso do Consed no comitê, segundo o ministro, é o ponto de partida para o início da reforma do currículo do ensino médio com vistas ao novo Enem e às expectativas das universidades. O ministro também destacou o crescimento do numero de universidades que estão adotando o exame como nota única de ingresso. Mesmo as instituições que não participarão este ano, diz, certamente se integrarão em 2010.
Com a expectativa de que as inscrições de alunos no novo Enem alcancem entre cinco e seis milhões, Haddad informa que pediu reforços ao Ministério da Justiça para ampliar a segurança em todo o processo, da reprodução à aplicação das provas, em mais de 1.500 municípios. O reforço será da Polícia Federal.
Sobre a iniciativa de ações na justiça alegando prejuízo aos atuais estudantes do ensino médio, Haddad explica que isso é “precipitado”, porque todo o cuidado foi tomado para respeitar os conteúdos que se oferecem hoje aos estudantes.
Fonte: MEC