Ensino a Distância

22º Encontro Nacional do Fórum de Pró-reitores de Graduação

Os cursos na modalidade de educação a distância representam 48% do total das 331.607 mil vagas oferecidas nas universidades e institutos federais para formação de professores em todo o país. O assunto foi tema do 22º Encontro Nacional do Fórum de Pró-reitores de Graduação (Forgrad), realizado nesta terça-feira, 9, na Universidade Federal de Goiás (UFG). “A educação a distância já tem desempenhado papel fundamental na democratização do ensino superior brasileiro, temos excelentes projetos pedagógicos”, disse o secretário de Educação a Distância do Ministério da Educação, Carlos Eduardo Bielschowsky. Durante sua palestra, apresentou o crescimento da modalidade, a supervisão dos cursos que é feita pelo MEC, o primeiro Plano Nacional de Formação de Professores e a Universidade Aberta do Brasil (UAB).

O plano de formação, uma parceria do governo federal com estados, municípios, institutos federais e universidades, oferecerá gratuitamente cursos presenciais e a distância a professores que não possuem graduação ou atuem em áreas diferentes da sua formação inicial. Também haverá vagas para formação pedagógica.

Bielschowsky explicou que o professor fará sua pré-inscrição na Plataforma Paulo Freire, um sistema criado pelo MEC, especialmente para que o professor tenha todo o currículo disponível na internet. Ao todo são 157.880 vagas para cursos a distância de primeira licenciatura, segunda licenciatura (oferta para professores que atuam em áreas diferentes da sua formação inicial) e para formação pedagógica, em áreas como biologia, física, matemática, filosofia, letras, entre outras, dependendo da necessidade de cada estado. O secretário destacou ainda a importância do trabalho de supervisão que o MEC vem fazendo nos cursos. “Sabemos que algumas instituições cresceram e precisam se adequar aos referenciais de qualidade para formar bons profissionais”, afirmou.


A presidente do Forgrad, Sandramara Chaves, pró-reitora de graduação da UFG, diz que a formação de professores e a avaliação da graduação são dois pontos de interesse de debate. “É um tema que mobiliza e traz muita expectativa para os pró-reitores, pelo fato de todas as instituições de diferentes naturezas jurídicas vivenciarem esses processos”, disse. A pró-reitora afirmou que ainda há preconceito em relação à modalidade a distância, mas que o principal problema é o desconhecimento. “É necessário inserir na comunidade acadêmica a discussão dos projetos pedagógicos dos cursos a distância, assim como já é feito com os cursos presenciais, e mostrar o rigor e as exigências que a modalidade a distância também possui”, explicou.


O 22º Encontro Nacional do Forgrad reúniu 180 pessoas, entre pró-reitores e outros representantes de instituições de ensino superior do país. Neste ano, o tema escolhido para o encontro foi “A expansão do ensino superior brasileiro: contextos, desafios e possibilidades”. O evento foi encerrado nesta terça-feira.

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