Batizado de Bolsa para Todos, o programa da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), ligada ao Ministério da Educação (MEC), vai beneficiar estudantes de instituições públicas e privadas.
Todos os estudantes de mestrado e doutorado das regiões Norte e Centro Oeste que não têm vínculo empregatício nem recebem auxílio financeiro passarão a receber bolsa de estudos a partir de agosto. A medida, detalhada hoje (14) durante a 61º Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), também valerá para novos alunos.
Segundo o presidente da Capes, Jorge Guimarães, este ano o programa deve distribuir pelo menos 2,5 mil bolsas de estudo, com investimento de R$15 milhões.
A escolha das regiões para implantação do programa tem o objetivo de aumentar o número de pós-graduados formados e fixados na Amazônia Legal. O baixo percentual de doutores – apenas 6% do total do país – ainda é um dos principais entraves ao desenvolvimento regional.
Os recursos não serão repassados diretamente para os estudantes, mas para as instituições que continuarão a selecionar os alunos para os cursos de mestrado e doutorado.
Além do programa de bolsas de estudo, a Capes terá outros dois projetos: o financiamento para estudantes de graduação dessas duas regiões interessados em intercâmbios em outras universidades do país durante as férias e a contratação de professores e pesquisadores sêniores (já aposentados) para universidades recém-criadas em todo o país.
No programa de férias, os estudantes – selecionados em suas universidades de origem – receberão bolsa de R$ 350 e terão passagens custeadas pela Capes. A instituição que receber o aluno vai fornecer alimentação e facilidades de alojamento.
Para o professor sênior, a Capes vai pagar uma bolsa de R$ 7,1 mil a quem estiver disposto a voltar às salas de aula nas novas universidades. O objetivo é agregar experiência ao corpo docente dessas instituições. “Cada vez mais temos pessoas muito qualificadas que se aposentam e ficam disponíveis. Está cheio de professores de 60 anos na ativa e cheios de vontade de ir para essas instituições”, aposta o presidente da instituição.
Fonte: Agência Brasil