Endividamento das famílias palmenses se revela estável em janeiro
Em queda desde julho do ano passado, o endividamento das famílias palmenses de janeiro se manteve estável com relação a dezembro último. Seu índice ficou em 69,3%. Na comparação com o mesmo período de 2015, que registrou 77,7%, a queda foi de 8,4%. A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) é realizada mensalmente pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), em parceria com a Fecomércio Tocantins.
De acordo com o presidente da Fecomércio Tocantins, Itelvino Pisoni, o quadro recessivo de 2015 e que continua nesse início de 2016 fez com que o consumidor pensasse bem antes de se endividar. “Não poderia ser diferente, as famílias palmenses mostraram que, mesmo nos períodos natalino e de ano novo, mantiveram o pé no freio na hora das compras”, destacou Pisoni.
O cartão de crédito continua sendo o grande vilão das dívidas, utilizado por 66,3% dos entrevistados. O uso do carnê ficou em segundo com 30,1% e o financiamento de veículo em terceiro, apontado por 26,2%.
Com relação às contas em atraso, 77,7% das famílias disseram não possuí-las. Sobre as que afirmaram ter condições de pagar as dívidas em atraso, somadas as que podem fazê-lo total e parcialmente, chegaram a 95,4%. As famílias que disseram não conseguir quitar as dívidas ficaram em 0,3%, índice igual aos meses de novembro e dezembro últimos.
Sobre o tempo de pagamento das dívidas, 37,4% optaram pelo prazo entre 30 e 90 dias. Já o tempo médio para esse pagamento chegou a 50,9 dias. O tempo de comprometimento com as dívidas por mais de um ano foi apontado por 55,2%. Enquanto o tempo médio desse comprometimento com as dívidas ficou igual aos três últimos meses de 2015, ou seja, em 8,7 meses.
Na parcela da renda comprometida com dívidas, dentre os endividados, somaram 68,4% que afirmaram gastar entre 11% e 50% da renda. Enquanto o comprometimento médio de renda ficou em 32,9%.
Sobre a PEIC
A PEIC de janeiro entrevistou 500 famílias palmenses divididas em duas categorias: as que recebem até 10 salários mínimos ao mês e as que ganham mais de 10 salários mínimos. Os números aqui elencados são do índice geral, ou seja, das duas categorias pesquisadas. A pesquisa analisa os seguintes itens: nível de endividamento; tipo de dívida; famílias com contas em atraso; condição de pagamento da dívida em atraso; tempo de pagamento em atraso; tempo de comprometimento com dívidas; e parcela da renda comprometida com dívidas. Sua aplicação ocorreu nos últimos 10 dias do mês de dezembro de 2015.
(Ronaldo Coelho - Ascom Fecomércio TO)