O MEC publicou hoje o IGC (Índice Geral de Cursos), indicador que leva em conta a nota dos alunos no Enade (exame federal) e outros indicadores como infraestrutura e qualidade do corpo docente.
O índice tem notas que vão de 1 a 5, e são consideradas insatisfatórias as médias 1 e 2. Foram avaliadas 2.176 universidades, faculdades e centros universitários.
As 683 instituições com notas baixas vão passar por supervisão do governo federal e podem ser alvo de medidas que vão do arquivamento de pedidos de abertura de novos cursos até o descredenciamento.
Por outro lado, as 158 instituições bem avaliadas (IGC 4 ou 5) que têm algum pedido de abertura de novos cursos em tramitação no MEC poderão ter autorização automática, sem necessidade de visitas.
Confira aqui o IGC de todas as instituições
Medidas – De todos os cursos de medicina que, por terem notas baixas, entraram em processo de supervisão nos últimos anos, Haddad informou que 95% deles atingiram patamar mínimo de funcionamento, o que representa uma vitória do sistema de avaliação.
Mas um novo grupo de cursos de medicina terá 446 vagas cortadas neste ano, enquanto que cursos da mesma área que obtiveram nota máxima nas avaliações dos ministérios da Educação e da Saúde estão autorizados a abrir 320 novas vagas.
Cortes – Haddad anunciou que os mesmos critérios aplicados pelo MEC para os cursos de medicina, direito e pedagogia com conceitos insatisfatórios em anos anteriores, agora serão estendidos a todos os cursos de graduação. São cursos da área da saúde e cursos de ciência contábeis e administração que terão cerca de 50 mil vagas suspensas para ingresso em 2012.
Nos cursos com pior avaliação, o corte atinge 65% das vagas oferecidas em 2010 e nos demais o corte será de 20%. Além do corte, a instituição precisa assinar com o MEC um termo de saneamento das deficiências com prazo de duração de um ano.