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Tocantins é o primeiro estado a fazer uma pesquisa sobre o cerrado



O governo do Tocantins realiza o primeiro estudo de Mapeamento das Regiões Fitoecológicas e Inventário Florestal. O Estado é o terceiro no país a ter realizado estudo nessa dimensão de detalhes e informações, sendo o primeiro a fazer pesquisa delineada sobre cerrado.

O trabalho conduzido pela Diretoria de Zoneamento Ecológico-Econômico da Secretaria de Estado do Planejamento e Modernização da Gestão Pública (Seplan), foi realizado entre setembro de 2008 e agosto de 2011 com o objetivo de mapear/cartografar as regiões fitoecológicas e realizar o inventário florestal do Tocantins. O valor investido para realização da pesquisa foi de R$ 4.284.563,55.
 

Foto por: Lia Mara / ATN ( Pesquisa estuda bioma cerrado no Tocantins)

Segundo o coordenador de Zoneamento Ecológico-Econômico da Seplan, Rodrigo Sabino Borges, durante os quase três anos de pesquisa foram realizadas a descrição das unidades mapeadas; identificação de áreas de vegetação nativa com potencial de uso econômico e que devem ser conservadas em função de suas peculiaridades; identificação de áreas com expressiva diversidade florística, ocorrência de endemismos, espécies raras e ameaçadas de extinção; indicação de áreas com potencial econômico que mereçam ser objetos de estudos mais aprofundados para aproveitamento; e identificação de espécies e fisionomias vegetais que possuam similaridade em termos de ambientes e importância ecológica, nas 30 principais bacias do estado do Tocantins, para subsidiar as compensações de reserva legal.

“As informações geradas serão fundamentais para subsidiar o planejamento e execução de políticas públicas voltadas ao ordenamento territorial, principalmente no que tange à definição de vegetação nativa, cerrado ou floresta, e os percentuais de reserva legal que devem ser mantidos em conformidade com a Legislação Brasileira”, afirma o coordenador da Seplan.

Ainda segundo Borges, o estudo subsidiará diversas secretarias estaduais para que possa elaborar políticas públicas como, por exemplo, o planejamento territorial executado pela Seplan; as atividades de regularização ambiental das propriedades rurais executadas pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semades); as vistorias para demarcação e compensação de reserva legal e emissão de licenças de desmatamento conduzidas pelo Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins); o planejamento fundiário conduzido pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agrário e Regularização Fundiária (Sedarf); o planejamento das políticas agrícolas e da silvicultura delineado pela Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária (Seagro); e os projetos de recuperação ambiental e manejo florestal conduzidos pelo Instituto de Desenvolvimento Rural do Tocantins (Ruraltins).

“Esse trabalho tem uma base técnica para nortear as discussões relativas ao volume de material lenhoso e estoque de carbono em procedimento que podem ser discutidos pelo Naturatins e Ibama e prefeituras”, explica Borges.

A pesquisa foi realizada com apoio de 40 especialistas das Universidades de Brasília (UnB), do Tocantins (Unitins), Federal do Tocantins (UFT), IBGE e consultores. “O estudo produziu um denso acervo científico sobre a vegetação nativa do Tocantins, e estará disponível ao público para consulta e cópia no site da Seplan, a partir desta sexta-feira, 30”, diz o coordenador.

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