Reeducandos do Sistema Prisional do Tocantins tem a oportunidade de frequentar a escola dentro das unidades prisionais. Nas Unidades Prisionais do Estado há 2.893 pessoas cumprindo algum tipo de medida. Destes, 1.027 frequentam as aulas, o que correspondente a 35, 50% do total.
“Nossa proposta é de que até o final do ano, 50% desses presos estejam envolvidos em alguma das atividades oferecidas”, destaca a coordenadora de Assistência ao Preso e ao Egresso da Secretaria de Defesa Social (Seds), Rosana Barreto, ressaltando que a educação é uma das prioridades da atual gestão do sistema penitenciário do Tocantins.
São ofertados pelo governo do Estado cursos dos programas Brasil Alfabetizado, Educação de Jovens e Adultos (EJA), Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica na Modalidade de Jovens e Adultos (Proeja), Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (ENCCEJA) e capacitações.
"No Estado percebemos altos índices de reincidência ao crime, o nosso objetivo é trabalhar com os reeducandos com a finalidade de elevar a escolarização e adquirir uma profissionalização, dando a oportunidade para que eles se ocupem no mercado de trabalho, tendo outra oportunidade de vida, isso sim é resocializar”. A coordenadora enfatiza que ao frequentar as aulas nas escolas prisionais, além de aumentar os índices de escolarização e profissionalização, o reeducando diminui a pena. “A cada 12 horas estudadas o reeducando reduz em um dia a pena”, destaca.
Para o interno J.A.M., 45 anos, do Centro de Reeducação Social Luz do Amanhã, em Cariri, frequentar as aulas da escola prisional é uma grande chance para mudar de vida. “Estou aqui em busca da oportunidade que eu não tive. Hoje me encontro nessa situação, e pude ver que as autoridades estão acreditando em nós. Surgiu na minha vida essa oportunidade e eu vou abraçar ela”, comemora o reeducando.
Números
Dados educacionais do Sistema Prisional do Tocantins destacam que na Casa de Prisão Provisória, 64 internos frequentam as aulas, sendo 50 no EJA e 14 no Brasil Alfabetizado. Na Unidade Prisional Feminina da Capital, 17 internas cursam o EJA e na Unidade de Regime Semiaberto (Ursa) de Palmas, 17 também estão participando do EJA. Na Unidade de Tratamento Penal Barra da Grota (UTPBG), em Araguaína, 112 alunos reiniciaram suas atividades estudantis no EJA e 30 no Brasil Alfabetizado. Já em Cariri 97 alunos estão matriculados no EJA. Trinta e um reeducandos das unidades prisionais de Porto Nacional cursam o EJA e 20 fizerem o curso de capacitação para pedreiro, e em Guaraí participam das aulas seis internos no EJA e seis no Brasil Alfabetizado. Internos de unidades prisionais nos municípios de Paraíso, Darcinópolis, Xambioá, Ananás e Araguacema cursam o Brasil Alfabetizado.
