As diferentes formas de inovar e os resultados possíveis por meio da adoção de uma postura inovadora nas empresas foram os assuntos principais da palestra realizada pela Mobilização Empresarial pela Inovação - MEI para empresários de Palmas, na manhã desta quinta, 17, no auditório do Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequenas Empresas - Sebrae.

Conduzida pelo consultor em Inovação, administrador, especialista e mestre em Gestão Educacional, André Raposo, a palestra destacou os objetivos da MEI, além de apresentar cases de sucesso envolvendo empresas que apostaram em práticas inovadoras.

“Um dos objetivos da MEI é despertar no empresário a capacidade existente dentro do contexto de seu empreendimento, de crescimento, de desenvolvimento, de revisão dos processos com foco em resultados. A ideia é que eles [empresários] saiam provocados a buscar alternativas com vistas a aumentar seus resultados e, numa dimensão maior, projetar o estado do Tocantins em termos de profissionalismo na gestão das empresas”, explicou Raposo que citou ainda a importância de outro objetivo da MEI, o de incorporar planos de gestão da inovação à estratégia dos negócios das empresas.

Após a palestra, os empresários que demonstrarem interesse nas atividades da MEI receberão visitas em suas empresas para conhecer mais sobre o projeto e, assim, aderir à Mobilização que contempla ainda as etapas de capacitação e consultoria com foco na inovação.

No Tocantins, a MEI é executada pela Federação das Indústrias do Estado do Tocantins - Fieto com a parceria do Governo do Estado, por meio da Secretaria Estadual de Indústria e Comércio – SIC/TO e Sebrae Tocantins. A iniciativa é da Confederação Nacional da Indústria – CNI e Sebrae Nacional.

A abertura da palestra foi realizada pelo gerente da FIETO, Jairo Mariano, que representou o presidente da Federação, Roberto Pires, e frisou a importância de conscientizar os empresários sobre os ganhos possíveis por meio da inovação. “A inovação hoje é fundamental para a sobrevivência das empresas. É preciso que os empresários e as pessoas que estão diretamente convivendo no dia a dia de seus negócios percebam essa necessidade e busquem alternativas para poder melhorar seus processos internos, de produção, enfim, tudo aquilo que venha contribuir ativamente para a competitividade das empresas”.

A amplitude do que pode ser considerado inovação, uma vez que não se resume apenas a investimentos tecnológicos ou em maquinários, foi abordada pela diretora superintendente do Sebrae Tocantins, Márcia Rodrigues. “O princípio maior é desmistificar para o empresário o que vem a ser a inovação, infelizmente tá linkado muito apenas como inovação tecnológica e não é. É passar para o empresário que as mudanças que ele faz, às vezes de procedimento, mas que irá trazer resultados efetivos, isso é inovação. O investir na inovação é investir no aumento da competitividade das empresas brasileiras, então é isso que nós precisamos focar, para que elas possam se consolidar e aumentar o seu mercado de atuação”, disse.

O diretor de Desenvolvimento Industrial da Secretaria Estadual de Indústria e Comércio – SIC, André Pugliese, representou o secretário da pasta, Paulo Massuia. “Se fizermos as coisas que sempre fizemos, teremos sempre os mesmos resultados. Não há meios de se imaginar que um Estado pode se desenvolver se as empresas não passarem a adotar, em algum momento da sua história, um comportamento diferenciado com a inserção de processos inovadores nas suas rotinas”, ratificou Pugliese.

Para a mobilização dos empresários, a Fieto contou com a parceria da Associação Comercial e Industrial de Palmas - Acipa que foi representada no evento pelo empresário Antônio João. Outras instituições apoiaram e participaram da palestra como a Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado do Tocantins - FAPT, representada pela diretora de Inovação, Carmem Heck e a Caixa Econômica Federal, com a superintendente regional, Maria Luzia Aguiar.

MEI Tocantins
No Tocantins, a Mobilização foi lançada em maio de 2011, data em que também foi lançado o Núcleo Estadual de Inovação. O foco inicial do projeto é o atendimento aos segmentos de madeira e móveis, vestuário, cerâmica, alimentos, grãos/arroz, gráfico, construção civil e metalurgia. Tais setores foram escolhidos por possuírem entendimento em programas de gestão, qualidade e de melhoria de processos.

A verba destinada para a implantação de planos de inovação nas micro e pequenas empresas industriais, por meio dos Núcleos de Inovação em todo país, é de R$ 48,6 milhões, além das contrapartidas dos parceiros. As ações da MEI se concentram na sensibilização do empresário, oferta de capacitação em gestão da inovação e consultorias para elaboração e implantação de planos de inovação nas empresas e na elaboração de projetos com essa característica.Também está prevista, ainda para este ano, a execução de um Plano de Inovação e a criação da metodologia de aplicação do mesmo. ( Com informações da Fieto)