Do UOL
A greve nacional dos professores de universidades federais completa 50 dias neste sábado, 7, e pode não acabar antes de 31 de julho. Segundo o Ministério do Planejamento, uma nova reunião com os representantes dos docentes ainda não foi marcada por “falta de agenda” e não deve acontecer antes do final de julho. O órgão disse que a pauta dos professores é importante, mas afirmou que está negociando com mais de 30 entidades sindicais e que não é possível privilegiar uma agenda em função da outra.
A última reunião entre sindicalistas e o Ministério do Planejamento aconteceu em 12 de junho, quando um novo encontro ficou marcado para o dia 19 do mesmo mês, mas foi adiado. “Lá [com o governo] que está parada a negociação, é de lá que tem que sair a proposta e a proposta não sai”, afirmou Luiz Henrique Schuch, vice-presidente do Andes-SN (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior).
Para o presidente do Proifes-Federação (Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior), Eduardo Rolim, a insatisfação dos docentes só aumenta com a falta de diálogo. “Nos sentimos afrontados com o fato do governo não marcar uma nova reunião e não apresentar propostas”, afirmou.
Segundo Schuch, o governo não está completamente fechado para os professores: “Mas os espaços que a gente consegue entrar, são espaços vazios. Eles recebem documentos, mas não negociam. O próprio governo assumiu essa posição – ‘a palavra está conosco’ - nós só tentamos lembrar eles disso”, disse Schuch.
Reivindicação
A principal reivindicação do movimento grevista é a reestruturação da carreira docente, por isso, as negociações são feitas com o Ministério do Planejamento. Na última reunião, o Ministério do Planejamento propôs que a greve fosse encerrada e que as discussões continuassem com base na carreira do MCTI (Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação). Os docentes não concordaram em acabar com a paralisação.